Funko Pops, Labubus, bebês reborn — qual colecionável mais falta fazer sucesso? Aparentemente, um pequeno e envergonhado bonequinho alado vestido só de chapéu. Os Sonny Angels não surgiram agora, mas despontaram em popularidade recentemente, sumindo das prateleiras e aparecendo nos vídeos de TikTok de colecionadores.
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Eles são pequenas miniaturas de aproximadamente 7 centímetros de um anjo, querubim, especificamente, cuja única variação fica nos chapéus, já que o boneco fica nu, exceto eventuais modelos com camisetas. Sua popularidade tem várias explicações, entre elas a fofura, o fator surpresa e, principalmente, o boca-a-boca.
O que trouxe os Sonny Angels à fama?
Os Sonny Angels foram criados em 2004, pelo fabricante de brinquedos japonês Toru “Sonny” Soeya. Ele sempre se inspirou em bonecas, e, neste caso, na personagem Kewpie, bebê mascote de uma marca de maionese cujas feições são também infantis e angelicais. A ideia foi criar um boneco que evoca inocência e fofura, o que é refletido na expressão e na nudez.
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A explicação puxa até questões biológicas: nossa espécie responde positivamente a criaturas com feições de bebê — olhos e testa grandes, membros curtos e bochechas rechonchudas. Nos nossos “filhotes”, isso gera o instinto primitivo de proteger a criatura fofa em questão, seja ela um filhote de gato, cachorro ou até mesmo um brinquedo, neste caso. A própria caixa dos Sonny Angels diz “ele pode te trazer felicidade”, e a ideia é que olhar para a miniatura realmente faça bem.
Falando de caixa, o fato de que o produto vem em caixas cegas — “Blind boxes” — ajuda a fomentar a venda, já que o fator surpresa instiga a comprar mais para chegar ao modelo que se quer. É possível comprar coleções temáticas, mas você nunca saberá qual levou até abrir. Esse aspecto também ajuda na viralização, já que os vídeos de TikTok de unboxing geram expectativa para a descoberta do colecionável.
A empresa responsável, por sinal — Dreams —, gosta de manter o aspecto de colecionável não tão fácil de achar. Ela não distribuiu o boneco para grandes empresas, preferindo lojas locais, algo que torna a busca mais difícil e nostálgica. Na internet, as vendas oficiais são limitadas por pessoa, evitando o crescimento acelerado do mercado paralelo, que já movimenta bastante dinheiro.
Boa sorte procurando um original, por sinal: a maioria encontrada em marketplaces são modelos Hipper, menores, feitos para grudar no celular e em acessórios como bolsinhas. Com venda fixa nos Estados Unidos a US$ 10, no Brasil, o preço fica em torno de R$ 50 a R$ 60, caso não se trate de uma revenda inflacionada.
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