O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fez uma visita ao hospital em Ahmedabad, no oeste do país, nesta sexta-feira (13). O político conversou com feridos e com o único sobrevivente do trágico acidente envolvendo um avião da Air India. As informações são da CNN.
O único sobrevivente foi o britânico Vishwashkumar Ramesh, que ocupava o assento 11A, localizado próximo a uma das saídas de emergência da aeronave. Modi teve um breve diálogo com Ramesh e com outras vítimas que estavam no solo no momento em que o voo AI 171 caiu sobre um alojamento da faculdade de medicina logo após decolar.
“Ganesha me salvou”, disse uma passageira que perdeu o voo por 10 minutos e compartilhou sua história com a imprensa. O desastre também atingiu famílias que planejavam uma nova vida fora da Índia, como a de uma família indiana que recomeçaria em Londres e estava a bordo da aeronave.
Mais de 240 pessoas morreram na tragédia, considerada o acidente aéreo mais fatal da última década. Segundo estimativas da mídia local, ao menos 24 mortes aconteceram em solo. As imagens divulgadas por veículos de comunicação na Índia mostram o cartão de embarque de Ramesh, que confirma a posição no assento 11A, na fileira de saída de emergência, localizada logo à frente da asa esquerda do avião.
O ex-inspetor de segurança da Administração Federal de Aviação dos EUA e analista da CNN, David Soucie, demonstrou espanto com o fato de alguém ter sobrevivido naquele ponto específico da aeronave. “Aquela cadeira fica exatamente onde o suporte da asa tocaria o chão, que seria um ponto sólido para o avião impactar. Quanto à sobrevivência acima desse ponto, isso é incrivelmente surpreendente,” disse ele à CNN.
A sobrevivência de Ramesh foi classificada como um acontecimento extraordinário por representantes britânicos. “É nada menos que um milagre. Entrei em contato com a família e escolho respeitar a privacidade deles neste momento difícil. Mas, como vocês devem ter percebido… um dos irmãos dele também estava naquele voo e, infelizmente, não sobreviveu,” declarou a deputada Shivani Raja, do distrito de Leicester East, em entrevista à CNN na quinta-feira (12).
