A aguardada série Chespirito: Sem Querer Querendo, lançada pela Max, chegou com a missão de homenagear a vida e a carreira do comediante Roberto Gómez Bolaños, eternizado como Chaves. No entanto, a produção mexicana já enfrenta uma série de polêmicas nos bastidores, especialmente envolvendo antigos colegas de elenco do programa original.
A ausência de participação direta de nomes fundamentais na história de Chaves chamou atenção logo nos primeiros anúncios da série. Carlos Villagrán e Florinda Meza, intérpretes de Quico e Dona Florinda, respectivamente, não fazem parte do projeto e, por isso, os personagens que viveram durante anos precisaram ser renomeados para Marcos Barragán e Margarita Ruíz.


Villagrán se afastou da série original ainda em 1978, após divergências com o próprio Bolaños. Já Meza, viúva do humorista e sua companheira até a morte em 2014, se manifestou publicamente contra a série da Max. Em 2024, ela utilizou as redes sociais para criticar o projeto e afirmou que se trata de uma versão distorcida da realidade. “O conteúdo da série não condiz com a verdade e que não há respeito com ela, muito menos com a verdade”, declarou. Ela ainda completou com um desabafo contundente: “A trama causaria uma grande dor a Roberto, e que as pessoas não se importam com a autorização ou opinião de alguém que já se foi”.
As tensões entre os envolvidos na obra de Bolaños não são recentes. Em 2020, os filhos do artista tomaram a decisão de encerrar o contrato de exibição de Chaves e suas produções derivadas com a emissora Televisa, o que tirou do ar um dos programas mais queridos da televisão latino-americana. Florinda Meza se disse excluída da negociação e lamentou profundamente a retirada dos episódios das grades de programação. “Bolaños não iria querer que sua obra deixasse de ser passada na televisão”, declarou, ressaltando o impacto negativo da decisão.